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“Porque não lhe dá Deus o Espírito por medida.” - João, cap. 3.
No Velho Testamento estava dito, que Jesus viria com o Espírito Sem Medida. Que teria todos os dons mediúnicos, como agora se diz. Quanto aos demais, como diz Paulo no capítulo doze da Primeira Epístola aos Coríntios, há repartição de graças ou dons espirituais. Logo, há que considerar as relatividades mediúnicas e as possibilidades dos espíritos comunicantes.
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“E todo aquele que vos matar, pensará estar prestando um bom serviço a Deus.” - Evangelho.
Como disse Jesus, os Profetas foram quase todos trucidados pelo clérico-farisaísmo. João e Ele também o foram. E o clérico-farisaísmo continua trucidando o Profetismo ou Mediunismo. No Talmud, livro de leis dos Rabinos israelitas, está escrito que Jesus foi crucificado por se entregar à magia e sortilégios. Os filhos da corrupção romana, continuam pensando do mesmo modo e fazendo a mesma coisa. Entretanto, com maior crime, porque para isso usam os nomes de Deus, da Verdade, do Cristo e dos vultos cristãos.
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“Agora vemos que estás cheio de Belzebu.” - Evangelho.
Se Jesus voltasse ao plano carnal e tornasse a fazer o que fez naqueles dias, indo parar no meio das ruas e praças, a expelir maus espíritos, a obrar os mesmos fenômenos mediúnicos ou proféticos, a manter colóquio com Moisés e Elias, a ter os anjos, espíritos ou almas subindo e descendo sobre a Sua cabeça, que fariam com Ele os clericalismos católico e protestante? Fariam a mesma coisa ou pior? Ou, por outra, que vivem fazendo eles com o Batismo de Revelação?
Observem que Kardec foi a reencarnação de Elias, o Restaurador predito no Evangelho; e perguntem o que esses clericalismos pensam do Consolador que Elias restaurou. Se não foi Jesus, foi o Seu Enviado, o que dá na mesma, não é isso?
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“...Nem quem consulte adivinhos, ou observe sonhos e agouros, nem quem seja feiticeiro, ou encantador, nem quem consulte aos pitões, ou adivinhos, nem quem indague dos mortos a verdade.” - Deuteronômio, cap. 18.
“Ouvi as minhas palavras: Se entre vós se achar algum profeta do Senhor, eu lhe aparecerei em visão, ou lhe falarei em sonhos.” - Números, cap. 12.
“Eu derramarei o meu espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão; os vossos velhos serão instruídos por sonhos, e os vossos mancebos terão visões.” - Joel, cap. 2.
“E havida resposta em sonhos, que não tornassem a Herodes, voltaram por outro caminho para sua terra.” - Mateus, cap. 2.
“Partidos que eles foram, eis que apareceu um anjo do Senhor em sonhos a José...” - Mateus, cap. 2.
Sobre as contradições da Bíblia, se fossem contadas, e comentadas, dariam para escrever um livro trinta vezes maior que a mesma Bíblia. Bem se vê que, não havendo contradição em Deus, correm elas por conta dos clericalismos que foram tendo seus interesses subalternos nas adulterações e interpolações.
Sobre anjos, espíritos e almas; sobre profetas, pitões e pitonisas; sobre sonhos, visões e outras formas de manifestações do mundo espiritual; sobre tudo há verdadeiros amontoados de contradições.
Aos conhecedores do assunto, basta dizer - a Bíblia foi composta em mais de mil e quinhentos anos, tendo sido alterada segundo conveniências humanas. No tempo de Saul foi queimada, quando foram mortos os profetas e as profetisas; e no tempo de Esdra foi reposta, naquela parte, segundo lendas e diz-que-diz-ques.
No que concerne a Jesus, Ele viveu a Lei e Batizou em Revelação, para não ter que escrever, a fim de que menos pudessem adulterar as letras tempos depois. Os escritos todos, sobre Jesus, somavam quase trezentos e eram extremamente contraditórios quanto aos pormenores. Os fatos foram contados de mil e um modos.
Jerônimo, o compilador da Vulgata, reduziu a quatro Evangelhos os últimos vinte e oito livros por ele separados; e a Vulgata contém agora uns oito livros a menos, que o catolicismo mandou tirar.
Para não encontrar tremendas contradições na Bíblia inteira, só mesmo fechando os olhos para a razão e o bom senso, abrindo-os bem para a cegueira e o tacanhismo.
Quem, entretanto, quiser pensar no Saber e na Virtude, na Moral, no Amor e na Revelação, por certo saberá como agir. O que é de Deus é Eterno, Perfeito e Imutável, e não se escraviza a livros, templos, formalismos, simulações, liturgias, clericalismos e idolatrias quaisquer.
Elias ou Kardec, ao fazer a Codificação, segundo os ditames dos espíritos, salientou bem a importância da Lógica e do Bom Senso, para haver a melhor interpretação das comunicações. Isto porque, saiba quem quiser saber, jamais cessará a Revelação.
O profetismo ou mediunismo, por mais que o desejem os blasfemos das coisas de Deus, nunca deixará de existir. Quem quiser cultivá-lo à base dos três sentidos da Lei de Deus, andará muito bem.
O Evangelho foi a vida de Jesus, toda ela como Lei Viva, toda ela Moral, Amor e Revelação.
Quem quiser fazer reuniões cristãs, procure repetir o Pentecostes e o que se encontra nos capítulos doze, treze e quatorze da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios. Porque esses capítulos ensinam tudo em matéria de Moral, de Amor e de Revelação. E assim chegarão a outros profundos e necessários conhecimentos, visto como tudo irá sendo ensinado aos poucos, conforme o permita a evolução humana.
Aqueles que se enclausuram nas letras, com mais ou menos fanatismo, estão profundamente errados, porque Deus não é escravo de formas. Se Jesus voltasse de novo, e dissesse muitas verdades a mais, muitas mais ficariam para serem ditas em outros tempos, quando pudessem ser assimiladas.
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“Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” - Evangelho.
“Eu, que estou no mundo, sou a luz do mundo.” - Evangelho.
“Eu sou o Princípio, o mesmo que vos falo.” - Evangelho.
“Eu e o Pai somos um.” - Evangelho.
“O Pai é maior do que eu.” - Evangelho.
“Porque ainda não fui a meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” - Evangelho.
“Por que me chamas tu bom? Bom só Deus o é.” - Evangelho.
“A minha doutrina não é minha, mas é Daquele que me enviou.” - Evangelho.
Muita gente já fez; muita gente vive fazendo; muita gente ainda fará mil e um saltos e cabriolas mentais, para explicar estas afirmativas contraditórias. Todavia, para a interpretação iniciática, não escrava de formas, de adulterações e de interpolações, um espírito cristificado, unido vibratoriamente, conservando a individualidade é parte integrante da Unidade Divina.
Um Cristo é um Uno, é um Divino Filtro do Sagrado Princípio. Selado como Delegado, traz consigo poderes e direitos celestiais. A Palavra certa é Ungido, é Emissário do Princípio. Elevado a tais alturas hierárquicas, e no desempenho de função crística, fala em nome do Princípio, como Princípio e pelo Princípio.
Enquanto o Profetismo explica bem, o clericalismo faz cabriolas, para se manter como fonte de erros e de comercialismos pagãos, acrescendo o crime de fazê-lo em nome de Deus, da Verdade, do Cristo e dos vultos cristãos.
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“...havendo sido enviado do céu o Espírito Santo, ao qual os mesmos anjos desejam ver.” - I Ep. de Pedro.
“E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, e este homem justo e timorato esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele.” - Lucas, cap. 2.
Entre os Apóstolos, por falta de melhor compreensão, havia confusão entre Mediunidade e espírito comunicante. Anjo, espírito e alma, tudo quer dizer a mesma coisa. E Pedro confundia entre o dom mediúnico e o agente comunicante.
Antes do Pentecostes - ou Batismo de Espírito - o Espírito Santo, Bom, de Verdade ou de Deus sempre esteve entre as gentes. A tocha da Revelação jamais se apagou no mundo. Apenas, ela estava entre os Cenáculos Iniciáticos, tendo sido Jesus o Portador da Graça e da Verdade para toda a carne, como estava escrito nas Profecias, que devia acontecer.
Ana e Simeão, os dois Profetas ou Pitões, que foram ao Templo visitar Jesus e anunciar grandes coisas, faziam parte dos Essênios ou Nazireus, isto é, da Escola de Profetas de Israel.
Está escrito, no Velho Testamento, que após a morte de Moisés, os dirigentes do povo clamavam por aquele que trazia o Espírito Santo ou de Deus para o meio do povo. Profeta é sinônimo de Médium e ao lado dos santos espíritos ou verdadeiros espíritos, estão os espíritos sofredores e também os ignorantes e mentirosos.
Assim sendo, a uns cumprirá aprenderem a se libertar da ignorância e do erro, enquanto que a outros, aos cultivadores do Profetismo, cumprirá sempre o dever do melhor discernimento dos espíritos comunicantes.
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“Palavras do rei Lemuel. Visão pela qual o instruiu sua mãe” - Provérbios, 31, verso 1.
Mais uma mensagem mediúnica, a fazer parte das muitíssimas outras que somam na Bíblia, esse Grande Tratado Mediúnico, que muito poderia ter feito pela elevação humana, se não tivesse sofrido a influência corruptora dos cleros mercenários e sanguinários. Quem quiser ler a Bíblia com um pouco de senso crítico, notará a eterna contenda entre o clericalismo e o Profetismo. Como o clericalismo sempre andou de braços dados com o dinheiro, a política e o mundanismo em geral, sempre conseguiu esfolar os Profetas e os Arautos do Profetismo em geral, tendo inclusive crucificado o Cristo.
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“A que é semelhante o Reino de Deus? A que o compararei eu?” - Evangelho.
O Reino de Deus, ou do Céu, que bem afirmou Jesus estar no íntimo de cada filho de Deus, é como o grão da mostarda - germina, cresce e tem serventias múltiplas. A centelha divina, o espírito, anjo ou alma, atravessa mundos, formas e transições até atingir o grau crístico ou a unidade com o Pai Divino.
Os clericalismos, entretanto, colocam os filhos longe do Pai Divino, que eles impõem como sendo antropomórfico ou individual, para poderem ficar no meio como beleguins, vendendo idolatrias, simulacros e fingimentos, e assim fazendo a Humanidade trilhar os caminhos da ignorância e do erro.
No dia em que a Humanidade souber cultivar o Saber, a Virtude e a Revelação, nesse dia os clericalismos desaparecerão e a Terra deixará de ser um mundo de guerras, pestes e fomes. Porque todo o mal deriva das traições que são feitas aos Mandamentos da Lei de Deus. Os clericalismos é que encabeçam os erros, fazendo a Humanidade pecar.
O pior é que usam os nomes de Deus, da Verdade e do Cristo, para fazerem as suas terríveis traficâncias idólatras.
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“E Jesus lhes falava por parábolas.” - Evangelho.
Quando se fala a conhecedores, usando termos técnicos, com poucas palavras muito se diz; mas quando se fala com elementos de pouca ou nenhuma cultura, são as alegorias, os paralelos, as figurações, muito mais eficientes.
Nos Cenáculos Iniciáticos a Doutrina era ensinada através de três sentidos - literal, simbólica e interpretativa. Jesus falava segundo o entendimento do auditório, pois do contrário seria o mesmo que não dizer coisa alguma.
Daqueles que se presumiam “mestres em Israel”, Ele exigia muito mais. Vide o caso de Nicodemos e a Sua tremenda luta com os sinedristas e fariseus.
Os donos de religiões vivem a se curvar diante dos grandes e a se erguer diante dos pequeninos... Jesus era humilde com os pequenos e se erguia diante dos presumidos do mundo.
É bom pensar um pouco sobre a capacidade de dobras do espinhaço...
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“E lhes propôs esta parábola” - Evangelho.
Todas as parábolas fazem entrar em cena algum ponto fundamental de Doutrina; mas a Moral, o Amor e a Revelação, tomam na boca de Jesus a dianteira, porque aí residem os três sentidos da Lei de Deus, que Ele veio executar, para ficar sendo o Divino Molde.
Meditem nestas palavras - Essência, Existência, Movimento, Evolução, Imortalidade, Responsabilidade, Reencarnação, Revelação, Habitação Cósmica, Finalidade Sagrada.
Compreendam estas - Saber, Virtude e Revelação.
Estas palavras dizem de verdades, leis ou virtudes, que pairam acima das Bíblias, dos Evangelhos escritos, dos formalismos humanos. Elas pertencem ao Sagrado Livro de Deus, da chamada Criação, jamais sendo dadas à escravidão.
Aquele que cresceu, que desenvolveu até o grau crístico, esse conheceu Deus em Espírito e Verdade e assim passou a amá-Lo; antes disso, porém, idolatrias e simulações tomam o lugar da Verdade e do Bem. É por isso que a Humanidade terrícola, atrasada e bruta, não aceita o Saber, a Virtude e a Revelação, para aceitar o que lhe vivem a vender os fabricantes de simulações e idolatrias, eles mesmos já se apresentando apalhaçados, ou vestidos de modo a influir sobre os ignaros.
É um crime muito grande dizer que todas as religiões conduzem a Deus; decente é dizer que só a Verdade conduz a Deus, quando se tem a devida hombridade para anunciá-la e vivê-la diante do mundo.
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“A Lei e os Profetas duraram até a vinda de João; desde este tempo é o reino de Deus anunciado, e cada um faz força para nele entrar. É, porém, mais fácil passar o céu e a terra, do que perder-se um til da Lei.” - Evangelho.
A Lei, que era apenas teórica, foi apresentada viva por Jesus, o Divino Molde; e os Profetas iriam ter continuidade na Humanidade inteira, porque Jesus trouxe para toda a carne o batismo de espírito ou Revelação. Um novo dia surgiria para a Humanidade, como surgiu. E se Roma não tivesse liquidado o batismo de Revelação, por certo a Humanidade estaria em outro nível de conhecimentos e de civilização.
Jesus afirmou a universalidade da Lei e da Profecia; porque a primeira teria Nele o Molde Vivo, enquanto que a segunda teria na Humanidade a sua continuação. A Lei significa o Poder Equilibrador do Universo, enquanto os Profetas significam a Mensageiria Divina, que nunca jamais passará.
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 01 a 10
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 11 a 20
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 21 a 30
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 31 a 40
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 41 a 50
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 51 a 60
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 61 a 70
TRÊS LIVROS APOCALÍPTICOS, INCONFUNDÍVEIS, FICARÃO NO MUNDO
1 – A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS, por onde são feitas referências ao Trabalho Iniciático dos chamados Grandes Iniciados. São 11 as Grandes Bíblias da Humanidade, e, o Extrato Iniciático das Grandes Bíblias está em: A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS.
2 – O NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS, por onde os Livros Constituintes do NOVO TESTAMENTO são apresentados, porém com uma VISÃO MAIOR. Quando Roma fez a VULGATA, entre 380 e 410, profundos erros foram cometidos contra a Doutrina de Deus, cujos fundamentos são:
A – A LEI DE DEUS A SER VIVIDA, fora de podridões clericais ou de ismos quaisquer, fabricantes de blasfêmias, de corrupções e desvios;
B – O VERBO EXEMPLAR A SER IMITADO, fora de sujidades quaisquer, clericais ou de ismos quaisquer, aplicadores de mistificações;
C – OS DONS DO ESPÍRITO SANTO, CARISMAS OU MEDIUNIDADES, os produtores de Graças, Sinais Extras, Prodígios e Curas Maravilhosas, a serem nobremente cultivados, fora de imundícias clericais, ou de ismos quaisquer, verdadeiros depósitos de corrupções e blasfêmias.
3 – O EVANGELHO ETERNO, só prometido por Deus no Apocalipse.
Porque a Doutrina de Deus, ou DIVINISTA, teve começo nas Promessas de Deus feitas aos Patriarcas, passando por Moisés, os Profetas, Jesus e os Apóstolos, APONTANDO a seguir para os capítulos 12, 19, 14, 21 e 22, do Apocalipse.
Porque até Jesus ficou, como observou: “Tenho muito para vos dizer ainda, porém vós não podeis suportá-lo agora”. Quem pensa que Moisés e Jesus entregaram tudo, sobre a Doutrina Divinista, ou de Deus, ou é muito ignorante, ou tem vontade de enganar os filhos de Deus menos avisados, a bem de suas sujidades humanas. Estudem bem, os filhos de Deus, aquilo que foi entregue até Jesus:
EVANGELHO ETERNO E ORAÇÕES PRODIGIOSAS
O NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS
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