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“Os maus pensamentos são a abominação do Senhor; e a palavra pura, como muito agradável, será por ele aprovada” - Provérbios, cap. 15.
Melhor convém tratar do Pensamento em si, como patrimônio natural do espírito, como faculdade manipuladora. Nas iniciações antigas era elementar dizer-se que o Segundo Estado de Deus é a Luz Divina, sendo que ela saiu e sai de Sua Mente, de Sua Primeira Ação.
Ensinavam, portanto, que Saber Pensar é o mesmo que Saber Agir, para manipular ou acionar, ou mesmo criar, segundo outros. O fato é que a centelha espiritual é envolvida de zonas energéticas; que estas zonas ou coroas energéticas vão se adensando, materializando, até virem a constituir o corpo astral ou perispírito, que já é muito grosseiro. Somente por evolução é que o corpo astral volta ao Estado de Luz Divina; isto é, um espírito cristificado tem por perispírito a Luz Divina, participando então da Divina Ubiqüidade.
A centelha ou espírito, por conseguinte, através das energias que a envolvem aciona sobre todo o corpo astral, e, enquanto for encarnada, sobre todo o físico, produzindo o Bem ou o Mal para si mesma. Pensar é comandar forças tremendas, é construir o Céu ou o Inferno. Se a Primeira Ação de Deus, da Essência Divina, é exercitar a Mente, como não será o Pensamento, em Seus filhos, também a suprema alavanca construtora?
Havendo a Grande Lei de Harmonia, ou Força Equilibradora, certo é que pensar bem é agir conforme ela, é produzir a própria glorificação. E quem pensar mal e mal produzir, para si o fará. A receita é, a cada um segundo as obras.
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“É melhor encontrar uma ursa, à qual roubaram os seus filhinhos, do que a um insensato, que se fia na sua loucura” - Provérbios, cap. 17.
Isso mesmo pode-se dizer dos religiosistas, daqueles que acreditando nos vícios idólatras que lhe meteram pela cabeça, pensam estar observando a Soberana Vontade de Deus. Estes tais, saturados de erros, assassinam Profetas e crucificam Cristos, pensando fazer coisa digna de Deus. Foi por causa destes que Jesus disse aos Apóstolos – “E todo aquele que vos matar, pensará estar servindo a Deus.”
A ursa ferida, pela morte de seus filhinhos, quando muito poderia matar o corpo; mas a falsa doutrinação aleija o espírito, torna-o grande pecador. É por esta razão que na Terra, tanto se fala em Deus, quanto se blasfema das verdades de Deus. Cada errado, ou fanatizado religiosista, pretende mais ensinar a Deus do que aprender com Deus. Convém lembrar a conduta dos papas, sacerdotes, escribas e fariseus, para com Jesus?
Nesta hora, quando a Moral, o Amor e a Revelação, o Saber e a Virtude, se empenham no mundo pela reforma da Humanidade, como agem os religiosistas? Como julgam ao Espiritismo, ao renovo do Pentecostes?
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“Teme a Deus, e observa os seus mandamentos; porque isto é o tudo do homem” - Eclesiastes, cap. 12.
A parte de Deus é Eterna, Perfeita e Imutável; e os filhos de Deus, por mais que possam e façam, somente podem e fazem bem, quando de acordo com os Princípios Eternos e Imutáveis de Deus. No caso de Jesus, para focalizar uma vez mais o fanatismo religiosista, como pensaram os papas e sacerdotes, escribas e fariseus? Eles não se acreditavam certos, pregando o Cristo na cruz? Logo, por medida de prudência, procuremos saber se estamos certos ou não. Principalmente se formos prosélitos de religiosismos clericalistas, daqueles que fazem da fé meio de vida ou negociatas. Porque os anseios do bolso e do estômago, do sexo e do orgulho, da vaidade e de outros defeitos, fazem com que o homem perca a noção do respeito que deve ao que é de Deus.
Convém notar que a Lei de Deus não cai em contradição; ela é Moral, Amor e Revelação, Sabedoria e Virtude, não tendo jamais ensinado religião alguma. Ela é acima de convenções humanas, muito acima de partidarismos clericalistas. Basta pensar que Jesus, Aquele que veio viver a Lei, para servir de Divino Molde, foi colocado pelo religiosismo num madeiro infamante.
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“Lavai-vos, purificai-vos, tirai de diante de meus olhos a malignidade de vossos pensamentos; cessai de obrar perversamente; aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; socorrei ao oprimido; fazei justiça ao órfão; defendei a viúva” - Isaías, cap. 1.
Tal e qual a Lei de Deus ensina, ela que não tem religião nem sofre de preconceitos e injunções humanas; é a fraternidade a sua divisa, é o amor ao próximo o seu ministério. O Saber e a Virtude coroando as ações dos filhos de Deus, representando-os perante a Justiça Divina, sem a purulenta ingerência das simulações religiosistas, sem a putrefata manobra dos engodos clericalistas, cheios de pompas e salamaleques por fora, mas vazios de Sabedoria e de Virtude por dentro.
Assim falavam e falam os Médiuns ou Profetas; e por ser a linguagem da Verdade sempre a mesma, que fizeram sempre os fabricantes de religiosismos com eles? Não é certo que perseguiram a uns, mataram a outros, e, pior ainda, continuaram e continuam a blasfemar contra a Revelação?
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“Visão que teve Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém” - Isaías, cap. 2.
Isaías foi um grande vidente e auditivo; viu e ouviu, por essas mediunidades, coisas sobre a sua época e a sua gente, tendo ouvido e visto, também para a posteridade. Não é com idolatrias e fanatismos religiosistas que se consegue tamanha capacidade em dons espirituais ou mediunidades; é com o máximo de respeito à Lei de Deus.
Com o passar dos dias, nomes novos vão sendo dados às leis e aos fenômenos, causando isto muita confusão e pronunciações estultas nos cérebros vazios de entendimento. O Profeta é agora o Médium, o Dom de Profecia é agora a Mediunidade, os Anjos são agora os Espíritos, e assim por diante.
Os espíritas devem compreender a incapacidade intelecto-moral dos fanáticos religiosistas, não fazendo conta ou caso de suas vociferações. Muito antes de fazerem isso com os modernos Profetas, fizeram eles coisas piores com os antigos, fazendo muito pior ainda com o Cristo. Qual foi o progresso humano, espiritual ou material, contra o qual as clerezias não levantaram armas assassinas? Quem não sabe que os religiosismos sempre dividiram mais as gentes do que as políticas?
Pelo menos, lembremos a parábola dos odres e dos panos velhos, que não podem suportar vinho nem remendos novos. Quando espontâneos, ou puros de intenção, merecem pelo menos piedade. São apenas do apostolado da santa ignorância, e, por mais que se lhes explique a lei dos progressos, eles continuam a ser muito coerentes com a própria morbidez dogmática. São os Caifás e os Gamaliel de todos os tempos, que com a aprovação da carrada de mediocridades de que são portadores, pensam que crucificando a Verdade prestam bom serviço a Deus.
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“A Virtude da dor é a razão do gênio. Sim, sábios e santos, profetas e criadores divinos, resplendem de uma beleza mais comovente, para os que sabem que eles também saíram da evolução universal. Quantas vidas, quantas vitórias têm sido necessárias, para conquistar essa força que nos espanta? De que céus, já atravessados, vem essa luz inata do gênio?” - G. I.
Exatamente assim, pois o progresso caracteriza a obra de Deus. Entretanto, cumpre notar, a falta de evolução faz os papas e os sacerdotes, os escribas e os fariseus, todos aqueles que, para eles mesmos, porque se julgam detentores da Verdade, têm o direito de trucidar os Profetas e crucificar os Cristos. A História dos Mundos e das Humanidades está referta de tais lições.
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“Porque a eterna Verdade foi quem lhes impôs a sua missão; porque os protegem legiões invisíveis, e porque o Verbo Vivo fala neles” - G. I.
Em Deus não há favores nem desaforos para filho algum; todos partem do mesmo modo, tendo em potencial as qualidades que os farão, um dia, brilhar muito mais do que brilha qualquer Sol material. A questão é reconhecer a lei de progresso, e, reconhecendo-a, fazer tudo para atingir a Sagrada Finalidade, o grau crístico.
Enquanto, porém, os espíritos forem embrionários em evolução, ou infantis de entendimento, para eles a mentira será a Verdade e o vício idólatra será a Virtude. Com muita alegria soltarão Barrabás e crucificarão o Cristo! Com muito engenho e com muita arte, blasfemarão contra o Batismo de Espírito e farão a Humanidade errar, cultivando simulações pagãs!
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“Esses homens têm tido vários nomes na História - são os primordiais, os adeptos, os grandes iniciados, gênios sublimes que metamorfoseiam a Humanidade. São tão raros que a gente pode contá-los na História; a Providência semeia-os no Tempo, com largos intervalos, como os astros nos céus” - G. I.
Eles são, como afirma o Autor de OS GRANDES INICIADOS, o produto de largas fermentações evolutivas. O Espiritismo, que é a Súmula das Revelações, por ser a Restauração do Batismo de Espírito, ensina isso perfeitamente. Caso não fosse assim, haveria incoerência em Deus, falha na Sua Divina Justiça, pois enquanto uns teriam tudo de favor, outros nada teriam por desaforo!
Aos que não podiam e não podem entender as leis regentes, Jesus respondeu e responde assim - “O que é impossível aos homens é possível a Deus.”
E deixou o Consolador, a Revelação, para ir aos poucos ensinando aquelas verdades que, naqueles dias, não pôde ensinar.
Todavia, o Espiritismo é a Restauração do Consolador. E os entendimentos ainda continuam secos, encruados, tardos e rebeldes; daquele mesmo modo que forçou Estêvão a dizer aquelas sentenças que se encontram no capítulo sete do Livro dos Atos dos Apóstolos. Isto é, por ignorância e maldade, lutando sempre contra a Revelação Instrutora, matando os Profetas!
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“Para alcançar esse ideal, segundo Pitágoras, era preciso reunir três perfeições - realizar a verdade na inteligência, a virtude na alma e a pureza no corpo.” - G. I.
Cumpre entender as palavras de Pitágoras, quando disse pelos seus versos - “Tu verás que os males que devoram os homens, são o fruto da sua escolha; e que os infelizes procuram longe deles, o bem cuja fonte têm em si mesmos.”
Estas lições, de eterna realidade, vêm desde os primórdios védicos, desde as primeiras manifestações mediúnicas da História. Buda ensinou a mesma realidade e Jesus rematou a lição, proclamando que cada um tem dentro de si mesmo o Reino do Céu. Quanto ao Consolador, sua missão é ministrar o conhecimento das particularidades. A Revelação contínua fará saber tudo sobre as minúcias.
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É muito triste saber que os infelizes buscam longe de si a libertação, o Reino do Céu que trazem em si mesmos; muito mais triste ainda é, entretanto, saber que existem religiosismos comercialistas, cujo fito exclusivo é desviar as criaturas do Conhecimento da Verdade; que inventam simulações e formalismos, com que se refestelam em vantagens mundanas, ao mesmo tempo que fazem negar a Moral, o Amor, a Revelação, o Saber e a Virtude. Isto é, que ficam nas portas do Templo da Verdade, não entram e não deixam entrar aqueles que poderiam fazê-lo.
O pior, em tudo quanto fazem de mal, é que o fazem em nome de Deus, da Verdade, do Cristo e do Bem! A Terra está cheia, por causa disso, de criaturas que não acreditam nas boas obras, nos atos de fraternidade, nas práticas virtuosas, para darem crédito aos simulacros que compram aos vendilhões de idolatrias.
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 01 a 10
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