- 31 - “Quando porém vier o Consolador, aquele Espírito de Verdade, que procede do Pai, que Eu vos enviarei da parte do Pai, Ele dará testemunho de mim” – João, cap. 15. “Eu tenho ainda muitas coisas que vos dizer, mas vós não as podeis suportar agora. Quando vier, porém aquele Espírito de Verdade, Ele vos ensinará todas as Verdades...” – João, cap. 16. Enquanto Jesus pagou com a vida o Batismo de Revelação, que
muito bem está expresso nos Atos, capítulos um, dois, sete, dez e
dezenove; enquanto Jesus deixou o Pentecostes em franco funcionamento, como está expresso na Primeira Epístola de Paulo aos
Coríntios, capítulos doze, treze e quatorze; enquanto isso tudo
aconteceu, para que a Humanidade fosse conduzida pelo exercício da Moral, do Amor e da Revelação, que são os três inderrogáveis sentidos da Lei de Deus, que fez Roma, depois de Constantino
vencer Maxêncio e ter fundado o catolicismo? Aonde foram parar
aquelas manifestações da Mensageiria Divina? Aonde foram parar
aquelas reuniões simples, sem clerezias, sem homens fantasiados
ou apalhaçados, sem dogmas, sem liturgias, sem inquisições, sem
imperialismos despóticos e sanguinários? Jesus deixou o Consolador em funcionamento, para que, no curso dos tempos fosse a Humanidade conhecendo aquelas verdades
que Ele jamais poderia ter ensinado naqueles dias. Estas verdades
são, em síntese, as já expostas – Essência, Existência, Movimento,
Imortalidade, Evolução, Responsabilidade, Reencarnação, Revelação, Habitação Cósmica e Sagrada Finalidade. Havendo Roma atraiçoado o Batismo de Revelação, o Instituto Divino de Informações, voltou Elias, conforme as profecias,
na personalidade de Kardec, para encabeçar a reposição das coisas no lugar, isto é, para restaurar o Cristianismo. E como não há
Evangelho sem Consolador, ou Cristianismo sem Batismo de Espírito Santo, o nome dado à Restauração foi – Espiritismo. Sendo normal que Cristianismo é sinônimo de Lei Exemplifica- da, ao Espiritismo cumpre ser, fundamentalmente, Moral, Amor e
Revelação. Porque esses são os sentidos da Lei, que Jesus viveu,
para Se constituir o Divino Molde. Como Anunciador ou Revelador,
o Espiritismo salientará sempre o sentido Moral da vida, porque o
Amor, sem a Moral, pode não filtrar a Vontade de Deus. O Amor
Divino, diremos, é Moral Integral. Quanto a Roma, ou quanto à besta apocalíptica, que em nome
de Deus, da Verdade e do Cristo, e também dos vultos cristãos,
se transformou em horrenda fábrica de blasfêmias, de idolatrias
e perseguições ao Batismo de Revelação, ela terminará como está
escrito no Apocalipse. - 32 - “A tua nação e os pontífices são os que te entregaram nas minhas mãos; que fizeste Tu?” – João, cap. 18. A função missionária de Jesus fora cumprir a profecia, feita por
séculos consecutivos, do derrame de Espírito Santo sobre toda a
carne. A palavra DERRAME foi traduzida por BATISMO, e isto deve
ser bem entendido. Entretanto, as palavras de Pilatos dizem sobre
como foi Jesus tratado pelos papas do tempo e os fariseus. Ele, que
tinha o Espírito Sem Medida, e veio para em Espírito Santo batizar,
fora condenado como feiticeiro ou fazedor de sortilégios. No Talmud assim se encontra escrito. Embora tendo vencido, porque aos cinquenta dias da crucificação voltara e realizara o batismo, deixando o Consolador em pleno
funcionamento, o fato é que, no quarto século, tudo foi em Roma
adulterado. O Livro dos Atos está cheio das mais esplêndidas comunicações de espíritos, anjos ou almas; isto é, de grandes consolações daí advindas. Aquela Mensageiria anunciada por Jesus, no
capítulo dezesseis de João, ficou funcionando no mundo, entre os
do Caminho do Senhor. Até trezentos e vinte e cinco não houve Cristianismo e sim Caminho do Senhor; este era fundamentado na Revelação, na comunicação dos anjos, espíritos ou almas. Vide as sessões, como eram
feitas pelos do Caminho do Senhor, ou como as faziam os Apóstolos e aqueles que vinham engrossando as fileiras do Caminho. Vide nota, em OS GRANDES INICIADOS, sobre o que Roma fez, liquidando a Revelação e mandando ainda destruir os Templos Iniciáticos das voltas do Mediterrâneo, a fim de radicar a ferro e a fogo
a tremenda corrupção. Todos deviam curvar-se diante do poderio
romano, e, para começar, deveriam fazê-lo através da fé, que era
o meio seguro, porque a confissão auricular se impunha pela Inquisição. O Pentecostes desapareceu. O Consolador sumiu do seio
de toda a carne. Em lugar de se espalhar pelo mundo a certeza da
imortalidade e da responsabilidade, espalhou-se o mercantilismo
idólatra, o dogmatismo simulador, a fantocharia despótica e sanguinária. Elias voltaria um dia, para repor as coisas no lugar, para fazer a
Revelação retornar ao seio da Humanidade. No século quatorze
Jesus ordenara o começo da trabalheira renovadora. E num curso
de quatro séculos e meio, vieram à carne antigos Profetas, Apóstolos e demais servidores de Jesus, para a grandiosa obra de retorno
ao mundo da Excelsa Doutrina. Os cabeças do movimento foram
Wicliff, Huss, Lutero, Joana D'Arc, Giordano Bruno, Kardec, Denis,
Delanne, etc., etc. Para o Brasil foi indicado, assim que deixaram a
França, o serviço de Consolidação. E foi assim que aconteceu no
Brasil do século vinte. Não queremos entrar em pormenores agora, mas a realidade dos fatos prova o argumento. Responda o leitor a Pilatos, pela pergunta que ele fez a Jesus,
querendo saber o motivo porque os papas e os fariseus queriam
matá-Lo, porque realmente O mataram. E respondam a si mesmos
os que tiverem inteligência de entender, se Roma, pouco depois,
não faria ainda coisa muito pior. Anás e Caifás, cumprindo ordens do Sinédrio e dos fariseus, mataram o corpo, de onde ressurgiu glorioso o Espírito, para deixar
o Pentecostes, a primeira sessão pública do Caminho do Senhor.
Roma procurou matar o Espírito, e o matou de certo modo, fazendo desaparecer da Terra o Batismo de Revelação, que Lhe custara
a primeira morte. Eliminar a Revelação foi crucificar Jesus pela segunda vez! E a Humanidade chafurdou na idolatria, no materialismo e no
sensualismo, de onde surgiram as coisas tremendas que os séculos
dezenove e vinte hão de suportar, com tremendas consequências
para outros séculos adiante.
- - 33 - “Que coisa é a Verdade?” – João, cap. 18. A Revelação ensinaria, como sempre ensinou, sobre isto – Essência, Existência, Movimento, Imortalidade, Evolução, Responsabilidade, Reencarnação, Revelação, Habitação Cósmica e Finalidade Sagrada. Eis as chaves do conhecimento da Verdade que livra. Eliminando
porém a Revelação, começaram a vingar ignorâncias e erros, simulacros e fingimentos, vindo homens fantasiados ou apalhaçados a
se apresentarem como se fossem ministros de Deus. Como dissera o humilde pescador, que jamais pensara em papismo algum, o
cão volvera ao vômito e a porca, lavada, de novo se revolvera no
lodaçal. Jesus vira o Consolador desaparecer, engolido pela besta
apocalíptica, que se levantara na cidade dos sete montes. E a Humanidade entrara para a ignorância e a treva. E a pergunta de Pilatos ficara de pé, até Elias retornar, e, com o
nome de Espiritismo, restaurar o Caminho do Senhor. - 34 - “Espírito Santo” – Bíblia. Não seria Jesus o derramador sobre a carne do Espírito Imundo. Mas sim do Espírito de Luz, Santo, Bom, de Verdade ou Consolador. Todavia, o adjetivo SANTO serviu para os corruptores mentirem, adulterarem, apresentando um Deus dividido em três, a fim de poderem liquidar a Revelação, a comunicação dos anjos, espíritos ou almas. Nos textos originais o ADJETIVO não se encontra quase, e jamais é encontrado para significar um Deus repartido, e sim a comunicação do Espírito Mensageiro - 35 - “E havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam em diversas línguas, e profetizavam” –
Atos, cap. 19. Aquele Espírito Santo era imediato, prático, tangente, verdadeiro, normal, consolador, cheio de graças e sempre pronto a servir,
a cumprir o seu dever, de acordo com a Promessa do Velho Testamento e as palavras de Jesus, enquanto esteve com o Seu fardo de
carne entre os homens. Os Atos e as Epístolas repetem centenas
de vezes o acontecimento, pois em seguida ao Pentecostes, a comunicabilidade dos espíritos, anjos ou almas, era o prato do dia...
Todavia, os adulteradores romanos inventaram um Espírito Santo
que não aparece, não fala línguas diversas, não profetiza, não cura,
nada sabe e aprecia idolatrias, simulações, contínuas e intensas
traições aos Mandamentos da Lei de Deus. - 36 - “Caríssimos, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus...” – I Ep. de João, cap. 4. Aqui está certíssimo, porque espírito de Deus reflete a perfeita interpretação, no consenso popular. De Deus, Santo, Bom, de
Verdade, etc. Tudo aquilo que signifique qualificação por discernimento. Como os Atos e as Epístolas provam, o prato do dia, em seguida ao Pentecostes, era a comunicabilidade dos espíritos, almas ou
anjos; e o Apóstolo João cuidou de alertar os cultivadores do Consolador, para o devido discernimento dos espíritos comunicantes. - 37 - “E sobre os dons espirituais, não quero, irmãos, que vivais em
ignorância. Sabeis que, quando éreis gentios, concorríeis aos simulacros mudos, conforme éreis levados” – I Ep. Coríntios, cap.
12. Paulo enumera, nesta parte da sua vastíssima obra epistolaria,
as nove manifestações mediúnicas fundamentais, ou conhecidas
naqueles dias: Sabedoria, Ciência, Fé, Curas, Milagres, Profecia,
Discernimento dos Espíritos Comunicantes, Línguas Diversas, Interpretação ou Direção de Trabalhos. Era o cumprimento da profecia, de que a Revelação se tornaria ostensiva, e os sonhos, as visões, os sinais e os prodígios
tornar-se-iam comuns; era o Batismo de Espírito Santo, trazido por
Jesus, à custa de Sua vida, que transformaria a Humanidade pelo
Conhecimento; era, para todos os elementos do Caminho, o fim da
brutalidade, do materialismo, da negação de Deus, dos clericalismos despóticos. Essa esperança Roma frustrou, inventando o catolicismo no
quarto século, invadindo a Humanidade com as suas simulações e
com a sua Inquisição, a arma terrível com que protegeria as suas
blasfêmias contra a Moral, o Amor e a Revelação. Quem ler este capítulo, confronte-o com o dois do Livro dos
Atos e com os quatorze, quinze e dezesseis do Evangelho segundo
João, porque Paulo, aqui, nada mais faz do que explicar o que seja
o Consolador, o Mediunismo, a Revelação tornada pública através
de Jesus, o Cristo. - 38 - “As coisas ocultas do seu coração se fazem manifestas, e, assim,
prostrado com a face em terra, adorará a Deus, declarando que
Deus verdadeiramente está entre vós” – I Ep. Coríntios, cap. 14. Assim eram os Santos Espíritos que ensinavam naqueles dias,
dando provas do Batismo de Revelação, convencendo a todos através de fatos mediúnicos. Neste capítulo, onde Paulo ensina a fazer
sessões mediúnicas, pode-se dizer que se concentra o Néctar do
Profetismo, porque este capítulo concretiza a Promessa feita através dos Profetas, demonstra a Graça da Revelação trazida a toda
a carne por Jesus e ensina o Molde das Sessões, cópia exata do
Pentecostes. A Igreja de Deus, como diz Paulo no capítulo quinze, de quem
fora ferrenho perseguidor, era a expressão dos três sentidos da Lei
de Deus; era o cultivo simples da Moral, do Amor e da Revelação
totalmente anticlerical, totalmente anti-idólatra, totalmente a favor da Linha Mestra, feita à base do Saber e da Virtude. Havendo Roma atraiçoado o Batismo de Espírito Santo, o Saber,
a Virtude e a Revelação desapareceram da Terra, chafurdando a
Humanidade na negação, no materialismo e na brutalidade. O protestantismo, não sendo catolicismo nem a Igreja Restaurada, é, entretanto, fábrica de discursozinhos falazes e de blasfêmias contra o Batismo de Espírito Santo. Isto se explica muito facilmente, pois tendo havido necessidade de preparar os alicerces da
Restauração, antes de vir Elias como Kardec, para trazer de novo
o Consolador, foi preciso que viessem Wicliff, Huss, Joana D'Arc,
Lutero e Giordano Bruno. E aqueles que não têm conhecimento
de causa, tomam os primeiros passos pela caminhada toda... Se
fosse para não haver a grande eclosão mediúnica do Pentecostes,
a grande sessão pública de Espiritismo, também não precisaria vir
Jesus à carne. E, portanto, se não fosse para ser arrastado de novo o Consolador para o seio da Humanidade, também não havia necessidade
de virem os Missionários da Restauração. Para ficar em letras e
discursozinhos falazes, que nada provam das verdades fundamentais do Profetismo, poderia ficar sossegada a besta apocalíptica...
Saiba, quem tenha vontade de saber, que por PALAVRA DE DEUS
sempre foi tida a Revelação, o Instrumento Divino de Informação,
conforme disse Jesus no capítulo dezesseis de João: “E quando vier
aquele Espírito de Verdade, Ele vos ensinará todas as coisas...” Os modernos Nicodemos, que querem ser Mestres quando nem
sequer servem para bons discípulos, por isso mesmo fazem berreiros sobre a pessoa de Jesus, enquanto blasfemam contra o Espírito
de Verdade, nome das Falanges Mensageiras do Senhor. A Humanidade terrícola ainda é apenas um capítulo da História
do Ridículo, pois não existe nela erro algum que se não queira impor em nome do Acerto, nem ignorância alguma que se não queira
impor em nome do Conhecimento. Seus arautos querem mais ensinar a Deus do que aprender com Deus... - 39 - “Voltou o cão ao que havia vomitado, e a porca lavada tornou
a revolver-se no lodaçal” – Segunda Ep. de Pedro, cap. 2. O humilde pescador, que tantos testemunhos dera do Batismo
de Revelação, como se encontram registrados nos capítulos um,
dois, sete, dez e outros, dos Atos, bem fizera em dizer que isso
aconteceria. O Caminho do Senhor, nome da Doutrina Excelsa deixada pelo Cristo, durou até trezentos e vinte e cinco, tendo a seguir
sofrido corrupção, até mesmo completa liquidação. Para cúmulo
da aberração, falsificaram os documentos e fizeram questão de impor a blasfêmia contra a Revelação em nome de Pedro, ele que em
Atos, capítulo dois, fora o primeiro a proclamar Jesus como sendo
o derramador do Espírito Santo sobre toda a carne, como sendo
o Celeste Executor daquela Promessa feita em Joel, capítulo também dois, e de outras dezenove afirmações do Velho Testamento. Pobre Pedro! Há dezessete séculos que, montada a besta apocalíptica sobre a cidade dos sete montes, conspurca a Excelsa Doutrina do teu Amado Jesus, fundamentada nos três sentidos da Lei,
e o faz em teu nome. Pobre Pedro! Tu que te fizeste crucificar de cabeça para baixo,
por te julgares indigno de o ser como Jesus, por quanto tempo ainda verás que homens apalhaçados, vergados ao peso de mil e uma
idolatrias e blasfêmias, em teu nome cometem todos esses crimes,
induzindo a Humanidade a cometê-los também? Humilde servidor de Jesus! Equipa as tuas legiões amigas e batalha contra o monstro corruptor. Proclama à Humanidade que a
Doutrina do Mestre é um misto de Sabedoria, Virtude e Revelação.
Brada aos homens, teus irmãos, que a libertação das almas deriva
de uma inteligência lúcida e de um coração referto de bondade. Exclama que jamais foste um traidor do Batismo de Espírito Santo, um fabricante de paredes frias, paus e pedras surdos e mudos,
porque foste, no dia de Pentecostes, o primeiro a levantar a voz
como testemunha da Graça da Revelação, trazida a toda a carne
por Jesus Cristo.
- - 40 - Para eliminar o Batismo de Revelação foi lançado um Edito, afirmando ser coisa de Belzebu a todos os fenômenos mediúnicos ou
proféticos. Vide o Livro: CONFISSÕES DE UM CORRUPTOR. Saiba
como corromperam a Doutrina do Caminho do Senhor. A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS |
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 01 a 10
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 11 a 20
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 21 a 30
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 31 a 40
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 41 a 50
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 51 a 60
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 61 a 70
- A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 71 a 80
- A BIBLIA DOS ESPÍRITAS - Cap. 81 a 90
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